quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

"Serás comigo o Paraíso"


"Os céus abriram-se no metro do Rossio à hora de ponta. Assim escutei eu:

Queres saber quem és? Sonda toda a angústia e saudade desta multidão. Agarra pelo braço o mais próximo, olha-o nos olhos, beija-lhe o coração. O teu nome aparecerá escrito em todo o lado. Mas será apenas um instante. Logo te esquecerás para sempre e serás comigo o Paraíso"

Sutra-Evangelho de Lisboa (revelado numa vertigem a bordo de um cacilheiro, confirmado num espanto na Cova do Vapor, traduzido para uma língua sem boca), VIII, 24.


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