Blogue pessoal de Paulo Borges. Um espaço em prol do despertar da consciência e de um novo paradigma cultural, ético-político e civilizacional, centrado no bem comum de todos os seres, humanos e não-humanos, e da Terra.
“Sou feito da inteira evolução da Terra; sou um microcosmo do macrocosmo. Nada há no universo que não esteja em mim. O inteiro universo está encapsulado em mim, como uma árvore numa semente. Nada há ali fora no universo que não esteja aqui, em mim. Terra, ar, fogo, água, tempo, espaço, luz, história, evolução e consciência – tudo está em mim. No primeiro instante do Big Bang eu estava lá, por isso trago em mim a inteira evolução da Terra. Também trago em mim os biliões de anos de evolução por vir. Sou o passado e o futuro. A nossa identidade não pode ser definida tão estreitamente como ao afirmar que sou inglês, indiano, cristão, muçulmano, hindu, budista, médico ou advogado. Estas identidades rajásicas são secundárias, de conveniência. A nossa identidade verdadeira ou sáttvica é cósmica, universal. Quando me torno consciente desta identidade primordial, sáttvica, posso ver então o meu verdadeiro lugar no universo e cada uma das minhas acções torna-se uma acção sáttvica, uma acção espiritual”
“Um ser humano é parte do todo por nós chamado “universo”, uma parte limitada no tempo e no espaço. Nós experimentamo-nos, aos nossos pensamentos e sentimentos, como algo separado do resto – uma espécie de ilusão de óptica da nossa consciência. Esta ilusão é uma espécie de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e ao afecto por algumas pessoas que nos são mais próximas. A nossa tarefa deve ser a de nos libertarmos desta prisão ampliando o nosso círculo de compreensão e de compaixão de modo a que abranja todas as criaturas vivas e o todo da Natureza na sua beleza”
- Einstein
“Na verdade, não estou seguro de que existo. Sou todos os escritores que li, todas as pessoas que encontrei, todas as mulheres que amei, todas as cidades que visitei”
- Jorge Luis Borges
sexta-feira, 22 de março de 2013
Descolamos de Lisboa rumo ao infinito azul do céu e do oceano. Como subitamente se revela a pequenez dos seres humanos, vistos da crescente altura e vastidão do espaço!
04.09.2011 - 14.45
Descolamos de Lisboa rumo ao infinito azul do céu e do oceano. Como subitamente se revela a pequenez dos seres humanos, vistos da crescente altura e vastidão do espaço! Uma multidão de formigas loucas e ansiosas, correndo em todas as direcções, metidas em pequenas caixas motorizadas, a poluir o planeta atrás do que nenhuma sabe bem o quê... O ridículo de tantas preocupações, desejos e conflitos... Lá em baixo rodopiam, ligados a corpos minúsculos, inumeráveis turbilhões de pensamentos, imagens e emoções, quase sempre tão estreitos e mesquinhos pelo apego e aversão a todo o tipo de coisas irreais ou passageiras... Os mesmos que revoluteiam em nós que os contemplamos aqui de cima... E todavia todos simultaneamente temos a natureza do espaço infinito, como esta pacífica e luminosa imensidão azul em que o avião descola, se eleva e desloca...
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