sábado, 26 de julho de 2014

A natureza profunda da mente é como um oceano ou céu ilimitados, transparentes e conscientes

A natureza profunda da mente é como um oceano ou céu ilimitados, transparentes e conscientes: por mais que à superfície soprem as mais violentas tempestades de pensamentos e emoções, o fundo do oceano permanece em paz límpida e inalterável; por mais que ciclones e furacões dos mesmos pensamentos e emoções o cruzem, o céu permanece em paz límpida e inalterável. Reconhecer e experimentar isto faz com que pensamentos e emoções naturalmente se acalmem e regressem à sua natureza primordial de paz límpida e inalterável. Reconhecer e experimentar isto conduz a ver que a natureza profunda da mente não tem forma nem limites e é por isso o fundo comum de todas as mentes, de todos os seres e formas de vida e de todos os fenómenos. Reconhecer e experimentar isto conduz a ver que nada existe em si e por si, que nada está separado de coisa alguma. Reconhecer e experimentar isto leva a sentir que no fundo nada realmente falta a não ser reconhecer e experimentar isto. Reconhecer e experimentar isto conduz à liberdade, amor e compaixão naturais por tudo quanto sente, vive e existe. Reconhecer e experimentar isto é estar desperto e o caminho para tal pode-se chamar meditação ou, simplesmente, estar atento.

Estar atento e despertar é fazer greve definitiva à ignorância, à ganância e ao ódio. É disto que todos nós e o mundo desde sempre e cada vez mais necessitamos. O resto vem daí e por si.

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