terça-feira, 27 de agosto de 2013

Uma das expressões mais infelizes das línguas humanas é a de "fazer amor"

Uma das expressões mais infelizes das línguas humanas é a de "fazer amor". O amor não se faz nem se fabrica, não é um (e)feito nem um produto. Por isso não se vê nem se mede, não se troca, compra ou vende. Quando muito faz-nos, molda-nos em função da nossa abertura ao mistério do seu dom. Mas, na melhor das hipóteses, quando é  autêntico e profundo, desfaz-nos. Dissolve todos os medos e expectativas, os ilusórios muros do ego, despe-nos do que julgamos pensar, ser e ter e deixa-nos a sós com a vastidão infinita do que nunca imaginámos.

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