“T. caminhava como se cada passo fosse o primeiro e o último, tocando a Terra como amante a amada. Cada passo era carícia em plena atenção, sem antes nem depois, precisa e não adiada. A Terra, enamorada, estremecia e abria-se a cada toque num silencioso brotar de águas vivas. T. e a Terra eram aliança, elo e halo, tão vibrante que até as aves suspenderam o seu canto, para mais sentirem no ar, nos ramos e nas asas a pujança daquele amor, a irradiação daquele silêncio, o júbilo daquele reencontro.
T. já regressara ao Paraíso”
~ “A Vida de T.”, fragmento de um Diário de Espantos.
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