segunda-feira, 18 de agosto de 2014

"[...] uma alegria essencial e uma dor essencial que nos dão a medida de qual é o nosso grau de proximidade ou afastamento a respeito do nosso próprio centro, da nossa verdade íntima"


“A satisfação das nossas necessidades existenciais (de alimento, segurança, pertença, afecto, instrução, etc.) acompanha-se do que poderíamos chamar um contentamento ou alegria existencial. […] Em geral, todas as nossas funções e faculdades, físicas e psicológicas, têm um correlato subjectivo de bem-estar ou mal-estar que nos indica qual é o seu nível de satisfação, actualização ou desenvolvimento.

Ora bem, há também uma alegria essencial e uma dor essencial que nos dão a medida de qual é o nosso grau de proximidade ou afastamento a respeito do nosso próprio centro, da nossa verdade íntima; que nos indicam quando estamos a ser, ou não, um fiel reflexo disso que somos na essência e que pulsa por expressar-se em nós. Do mesmo modo que há um tipo de dor que acompanha a frustração das nossas necessidades fisiológicas e psicológicas, há também uma dor que é o eco da frustração da nossa necessidade de ser de forma autêntica e plena”

- Mónica Cavallé, La sabiduría recobrada. Filosofía como terapia, Barcelona, Kairós, 2011, p.38.

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