segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Meditar no amor e na compaixão universais


"MÉTODO DE MEDITAÇÃO

Sentemo-nos agora apenas com as nossas mentes repousando “aqui e agora”. Quando fazemos isto, primeiro que tudo temos um vislumbre do estado fresco da mente. Mas não podemos ficar muito tempo nesse estado: pensamentos começam a emergir. Quando se manifestam, em vez de tentarmos pará-los, canalizemos a energia dessas ondas de pensamento numa direcção positiva mediante o seguinte exercício. À medida que expiramos vamos desejar que aqueles seres que nos são queridos estejam felizes e obtenham as causas da felicidade. Cultivemos então a mesma aspiração não apenas em relação àqueles que nos são queridos, mas para todos os seres, sem excepção. Com cada sopro enviamos-lhes as causas de felicidade na forma de luz radiante repleta de pensamentos de amor, um grande amor por todos os seres, em todas as formas de existência.

Relaxemos agora de novo, deixando as nossas mentes repousar “aqui e agora”. Então, quando pensamentos emergirem outra vez, dirijam-nos para todos os seres que sofrem. Pensem em todas as pessoas nos hospitais, que estão doentes ou a passar por cirurgias; em todos os seres, em todas as formas de existência, que experimentam sofrimento físico ou mental e especialmente medo nos seus diferentes aspectos. Pensem em todas as pessoas que estão a morrer ou mortas e a passar por experiências que são frequentemente desagradáveis. Que estejamos conscientes de todos estes e que aspiremos do fundo dos nossos corações a que todos os seres sejam livres do sofrimento e das suas causas. À medida que expiramos, enviemos ondas de compaixão. Relaxem de novo e deixem a mente repousar “aqui e agora”.

Para concluir, dediquemos a energia positiva que acumulámos mediante a nossa pura intenção, bem como o tempo e esforço que investimos em estudar este texto e praticar, para o nosso próprio progresso e a felicidade e a paz de todos os seres vivos. Aspiremos a que todos os seres sem excepção encontrem a liberdade última. Deste modo não restringiremos a nossa energia positiva ao nosso próprio pequeno círculo; estendê-la-emos infinitamente no tempo e no espaço. Ela durará assim enquanto a infinidade dos seres no universo, até ao derradeiro, necessitar dela. A arte de dedicar o mérito muda completamente o poder de qualquer acto positivo que façamos, mesmo se consiste simplesmente em oferecer um bocado de comida a uma pessoa ou animal esfomeados"

- Taklung Tsetrul, comentário a "O Treino da Mente em Oito Estâncias", de Langri Thangpa.

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