sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O pior dos medos é o medo de si mesmo

O pior dos medos é o medo do fundo sem fundo de si mesmo. É ele que nos faz nascer e morrer agarrados, como o recém-nascido ou moribundo ao dedo ou mão que lhe estendem, na primeira ou última hora da nossa vinda ao mundo. O medo de não precisarmos verdadeiramente de nada, a não ser de amarmos incondicionalmente tudo e todos. É esse medo infantil que se prolonga na suposta vida adulta da humanidade e se converte em fazer do outro, humano, animal ou natureza, uma chucha ou seio supostamente destinados a satisfazer todos os nossos caprichos, inseguranças e desejos, por mais fúteis que sejam. A tentativa sempre frustrada de esquecer esse medo chama-se ganância e apego ao lucro, ao poder, à fama, ao prazer e à riqueza. Em termos económicos chama-se capitalismo e é esse medo infantil que está a destruir a vida e o mundo. Desperta desse medo. Acende a luz da alma e vê que nunca estiveste às escuras. Abandona a sede e a chucha. Sê fonte, levanta-te e anda!

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