sexta-feira, 22 de março de 2013

Descolamos de Lisboa rumo ao infinito azul do céu e do oceano. Como subitamente se revela a pequenez dos seres humanos, vistos da crescente altura e vastidão do espaço!

Apontamento inicial do Diário da última viagem a Marrocos, com a Luísa, para subir ao Tubkal, o ponto mais alto do Atlas:

04.09.2011 - 14.45

Descolamos de Lisboa rumo ao infinito azul do céu e do oceano. Como subitamente se revela a pequenez dos seres humanos, vistos da crescente altura e vastidão do espaço! Uma multidão de formigas loucas e ansiosas, correndo em todas as direcções, metidas em pequenas caixas motorizadas, a poluir o planeta atrás do que nenhuma sabe bem o quê... O ridículo de tantas preocupações, desejos e conflitos... Lá em baixo rodopiam, ligados a corpos minúsculos, inumeráveis turbilhões de pensamentos, imagens e emoções, quase sempre tão estreitos e mesquinhos pelo apego e aversão a todo o tipo de coisas irreais ou passageiras... Os mesmos que revoluteiam em nós que os contemplamos aqui de cima... E todavia todos simultaneamente temos a natureza do espaço infinito, como esta pacífica e luminosa imensidão azul em que o avião descola, se eleva e desloca...

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