Blogue pessoal de Paulo Borges. Um espaço em prol do despertar da consciência e de um novo paradigma cultural, ético-político e civilizacional, centrado no bem comum de todos os seres, humanos e não-humanos, e da Terra.
“Sou feito da inteira evolução da Terra; sou um microcosmo do macrocosmo. Nada há no universo que não esteja em mim. O inteiro universo está encapsulado em mim, como uma árvore numa semente. Nada há ali fora no universo que não esteja aqui, em mim. Terra, ar, fogo, água, tempo, espaço, luz, história, evolução e consciência – tudo está em mim. No primeiro instante do Big Bang eu estava lá, por isso trago em mim a inteira evolução da Terra. Também trago em mim os biliões de anos de evolução por vir. Sou o passado e o futuro. A nossa identidade não pode ser definida tão estreitamente como ao afirmar que sou inglês, indiano, cristão, muçulmano, hindu, budista, médico ou advogado. Estas identidades rajásicas são secundárias, de conveniência. A nossa identidade verdadeira ou sáttvica é cósmica, universal. Quando me torno consciente desta identidade primordial, sáttvica, posso ver então o meu verdadeiro lugar no universo e cada uma das minhas acções torna-se uma acção sáttvica, uma acção espiritual”
“Um ser humano é parte do todo por nós chamado “universo”, uma parte limitada no tempo e no espaço. Nós experimentamo-nos, aos nossos pensamentos e sentimentos, como algo separado do resto – uma espécie de ilusão de óptica da nossa consciência. Esta ilusão é uma espécie de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e ao afecto por algumas pessoas que nos são mais próximas. A nossa tarefa deve ser a de nos libertarmos desta prisão ampliando o nosso círculo de compreensão e de compaixão de modo a que abranja todas as criaturas vivas e o todo da Natureza na sua beleza”
- Einstein
“Na verdade, não estou seguro de que existo. Sou todos os escritores que li, todas as pessoas que encontrei, todas as mulheres que amei, todas as cidades que visitei”
- Jorge Luis Borges
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Tudo é o nosso corpo
segunda-feira, 28 de julho de 2014
É a Hora da Política da Consciência e do Coração
sábado, 26 de julho de 2014
A natureza profunda da mente é como um oceano ou céu ilimitados, transparentes e conscientes
Estar atento e despertar é fazer greve definitiva à ignorância, à ganância e ao ódio. É disto que todos nós e o mundo desde sempre e cada vez mais necessitamos. O resto vem daí e por si.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
"A esperança, como a avidez, nutre a máquina do capitalismo"
“Uma das suas personagens [de Margaret Atwood, no livro “Oryx and Crake”] pergunta: “Como espécie estamos então condenados pela esperança?”. Pela esperança? Bem, sim. A esperança impele-nos a inventar novas encrencas em substituição de velhas alhadas, que por sua vez criam sempre mais perigosas alhadas. A esperança elege o político com a maior promessa vazia; e, como sabe qualquer corretor da Bolsa ou vendedor de lotaria, a maioria de nós preferirá uma escassa esperança a uma prudente e previsível frugalidade. A esperança, como a avidez, nutre a máquina do capitalismo”
- Ronald Wright, A Short History of Progress, Edinburgh, Canongate Books, 2005, p.123.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Reentrar na "grande celebração, o próprio universo"
“No mundo fenomenal apenas o universo é auto-referente. Cada ser no universo é referente ao universo. Apenas o universo é um texto sem um contexto natural. Todo o ser particular tem o universo por contexto. Pôr em causa este princípio básico tentando estabelecer o humano como auto-referente e os outros seres como referentes ao humano no seu valor primário subverte o mais fundamental princípio do universo. Uma vez que aceitamos que existimos como um membro integral desta mais ampla comunidade de existência, podemos começar a agir numa forma humana mais apropriada. Podemos até entrar uma vez mais nessa grande celebração, o próprio universo”
- Thomas Berry, The Sacred Universe, Nova Iorque, Columbia University Press, 2009, p.138.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
É a Hora de mudar de civilização
Um mundo assim, doente e contrário à Vida, que só gera mal-estar e sofrimento, não pode subsistir. É cada vez mais a Hora de desinvestir na produção, consumo e comercialização de objectos, produtos e serviços desnecessários e nocivos para os seres vivos e o planeta e de reabrir mais tempo e espaço para usufruir da verdadeira Riqueza, a que é gratuita e nunca falta nem se esgota: a de contemplar e compreender o mundo, a de amar e ser amigo, a de ser solidário e desinteressado, a de criar beleza e formas de vida social mais justa e plena, a de deixar os animais e a natureza livres da nossa cobiça, a de apreciar uma flor, um sorriso, uma paisagem ou uma brisa com o tempo natural da vida livre, sensível e despreocupada. É e sempre foi a Hora da libertação, que é uma tarefa interior e exterior, individual e colectiva. É a Hora de mudar de civilização, mediante o que chamo de Política da Consciência, que parte das mentes-corações para chegar às instituições e a todos os aspectos da vida social. É a Hora!