Precisamos de silêncio nas nossas mentes, corações e vidas. Silêncio exterior e interior. Silêncio para ver, escutar e sentir, a nós e aos outros, a todos os seres vivos, ao mundo.
Silêncio para não manipularmos e não sermos manipulados. Pela conversa fiada, pela comunicação social, pela publicidade, pela propaganda religiosa ou política.
A política actual degradou-se em retórica, marketing e publicidade, mas a verdadeira política, a da consciência, radica no silêncio. No silêncio da escuta e da reflexão serena, acima do turbilhão das emoções e da acção precipitada. A verdadeira política reside na capacidade de escutar as ideias dos outros, sobretudo dos adversários, e ter a humildade de reconhecer que podem ser melhores do que as nossas e mais conducentes ao bem comum. A verdadeira política não visa vencer, convencer ou converter. Visa despertar a mente e o coração para ver e sentir o que é o bem de todos os seres vivos e da Terra e agir em conformidade. Sem violência. Com um bom coração, amoroso e compassivo para tudo e todos.
Todos somos chamados a esta política. Há que libertá-la dos profissionais retóricos que jamais escutam e nunca se calam.
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