quinta-feira, 27 de junho de 2013

Sejamos índios!

Andar o mínimo possível de carro ou mesmo transportes públicos e o máximo possível a pé. É menos poluente, mais saudável e energético e põe-nos mais em contacto com a realidade e a vida. Os transportes são caixas em movimento, extensão desses outros caixotes (ou caixões?), os apartamentos, em que a humanidade se encerrou para se diferenciar e proteger da natureza, do mundo e dos demais seres. O medo é a origem das cidades e da política, impossível sem o antropocentrismo.

Recuperar a saúde, a energia, a alegria e a amabilidade dos indígenas, como esses índios do futuro Brasil, descritos lapidarmente na carta de Pêro Vaz de Caminha como ícones de saúde e energia, numa dieta de cereais e legumes, e de alegria de viver e amizade para com os invasores desconhecidos que os haveriam de escravizar e destruir, os portugueses. Como escreveu Vaz de Caminha, numa notável sinceridade (cito de memória): "são muito mais nossos amigos que nós deles". 

Regresso cada vez mais à minha paixão, imaginário e herói de infância: ser um pele-vermelha, como esse grande chefe índio, Cavalo Louco (Crazy Horse), que nunca foi vencido pelos brancos, até ser assassinado à traição por outros índios pagos pelos norte-americanos. 

Sejamos índios! E desenterremos o machado da guerra, não-violenta, contra a estupidez e violência da actual civilização. 

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