Blogue pessoal de Paulo Borges. Um espaço em prol do despertar da consciência e de um novo paradigma cultural, ético-político e civilizacional, centrado no bem comum de todos os seres, humanos e não-humanos, e da Terra.
domingo, 5 de maio de 2013
Que dia poderá homenagear uma Mãe?
Que dia poderá homenagear uma Mãe? Que efeméride poderá celebrar com devida justiça a figura humanamente mais evocativa do Amor incondicional? E quem poderá recordar o íntimo vínculo da Mãe com a Matriz e a Matéria viva e doadora de vida, sugerido na palavra latina “mater”, que “designava primitivamente o tronco da árvore por onde sobe a seiva que alimenta os ramos como uma mãe nutrindo os seus pequenos” (Odon Vallet). A Mãe evoca a misteriosa génese uterina do ser, essa originária e nocturna profundidade da vida pré-natal cuja fragrância ou saudade não deixa de assombrar a diurna superficialidade da vida convencional. Humana, divina ou cósmica, é à Mãe e ao húmus matricial do ser que recorremos nas crises da razão masculina e fáustica, como aquela em que a presente civilização se dilui e regenera. Bem hajam todas as Mães, todas as silenciosas e amorosas nutrizes do mundo e dos seres.
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