sábado, 11 de maio de 2013

"(...) considerar a queda do Ocidente não como o fim do mundo, mas apenas como o fim de uma civilização"




“A falência da máquina tecno-económica gera o declínio do Ocidente como civilização. O fracasso do desenvolvimento e o fim da ordem nacional-estatal são os sinais e as manifestações deste insucesso, mas não são as suas causas exclusivas. As resistências das sociedades diferentes, a sua capacidade para sobreviver como diferentes, a aptidão das socialidades elementares para desviar os contributos mais diversos da modernidade para sentidos radicalmente estranhos, contribuem para a erosão do domínio do modelo ocidental. Estas sobrevivências, resistências e desvios permitem considerar a queda do Ocidente não como o fim do mundo, mas apenas como o fim de uma civilização. A vitalidade, o dinamismo do outro, deixam augurar escapatórias à fatalidade do universo unidimensional”
           
            - Serge Latouche, L’Occidentalisation du Monde. Essai sur la signification, la portée et les limites de l’uniformisation planétaire (1989), Paris, La Découverte, 2005, pp.139-140. 

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